Enquanto servidores efetivos lutam por valorização e a população enfrenta desafios econômicos, os vereadores de Foz do Iguaçu aprovaram uma emenda que escancara as prioridades da Casa: ampliar o auxílio-alimentação de R$ 550 para assessores parlamentares, chefes de gabinete e diretores — todos cargos comissionados e de livre nomeação dos próprios parlamentares.
A medida levanta sérias questões sobre moralidade administrativa e uso de recursos públicos, especialmente porque os comissionados já possuem salários consideráveis. Estender a eles um benefício originalmente pensado para o funcionalismo efetivo soa como privilégio institucionalizado.
O que se vê é mais um exemplo de como a política local pode se afastar das necessidades reais da população, especialmente em tempos em que muitas famílias iguaçuenses enfrentam insegurança alimentar. O auxílio, que deveria ser instrumento de equidade, transforma-se em moeda de conforto para indicações políticas.
Fica o questionamento: a quem realmente serve o poder público municipal?