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O atraso no pagamento dos salários de julho aos 36 condutores de ambulância do Samu de Foz do Iguaçu, causado pela empresa terceirizada A M ABS, sediada em Maceió, é mais que um problema trabalhista — é um retrato preocupante da dependência de serviços públicos vitais de empresas privadas que, mesmo recebendo em dia da prefeitura, deixam trabalhadores sem remuneração.
Enquanto a terceirizada alega bloqueio de contas, motoristas seguem sem salário, acumulando contas e insegurança. O sindicato já sinaliza acionar o Ministério Público do Trabalho e não descarta paralisação, o que pode comprometer o atendimento emergencial à população.
A prefeitura afirma que antecipou repasses, mas admite que houve “problema operacional” na conta indicada pela empresa. Em outras palavras, o dinheiro público foi transferido, mas não chegou aos trabalhadores, evidenciando falhas de gestão e fiscalização.
Em um serviço que salva vidas, atrasos salariais não são apenas descaso com o trabalhador, mas um risco direto para quem depende do Samu. Terceirizar não pode significar terceirizar também a responsabilidade.