‘Monstruosidade’, diz mãe de jovem que morreu arrastada por carro

Lúcia de Souza da Silva, mãe da jovem que morreu após ser atropelada e arrastada por carro em SP, conversou com a equipe do Domingo Espetacular. (Foto: Reprodução/RECORD)

Lúcia de Souza da Silva, mãe da jovem que morreu após ser atropelada e arrastada pelo carro do ex-namorado, em São Paulo, desabafou sobre a trágica perda da filha. Tainara Souza Santos tinha 31 anos e deixou dois filhos. “Monstruosidade”, disse a mãe, ainda muito abalada, em entrevista exclusiva ao Domingo Espetacular, da RECORD, neste domingo (18).

O feminicídio brutal ocorreu no fim de novembro na marginal Tietê, uma das principais vias expressas de São Paulo. Além de ampla repercussão nacional, o crime chocou amigos e familiares pela crueldade.

Após o impacto inicial do carro dirigido por Douglas Alves da Silva, com quem teria tido um relacionamento anterior, Tainara ficou presa ao veículo e foi arrastada por um quilômetro. O motorista só parou depois que outros motoristas alertaram sobre a situação.

A vítima passou por múltiplas cirurgias e teve as pernas amputadas. Apesar dos esforços médicos para salvá-la, Tainara morreu na véspera do Natal, quase um mês depois do crime.

Fiquei com ela até o último batimento, diz mãe de Tainara

Em entrevista exclusiva ao Domingo Espetacular, a mãe de Tainara Souza Santos classificou a filha como uma mulher alegre, muito querida entre os seus entes queridos e que amava dançar. Apesar dos graves ferimentos, Lúcia de Souza da Silva nutria esperanças pela recuperação da jovem.

“Muito brutal, muito. Eu não tinha noção ainda, quando eu cheguei no hospital. Para mim era só um arranhãozinho (SIC), um acidente de moto. Mas quando eu vi aquela situação, os médicos falaram ‘Mãe, você tem que assinar rápido aqui. Assina, tem que assinar a amputação das pernas da sua filha’. Eu sempre pegando na mãozinha dela, tentando ela me escutar. Nem escutar, ela escutava, que eu sabia que ela escutava porque ela apertava a minha mão. E eu fiquei com ela ali até o último batimento cardíaco”, desabafa a mãe.

Tainara Souza Santos
O caso aconteceu no dia 29 de novembro (Foto: Reprodução/câmera de segurança)

Tainara tinha acabado de perder o emprego e batalhava para sustentar a família. A vítima deixou uma filha de sete anos e um adolescente de 13.

Morte de Tainara modifica o trâmite jurídico do crime

Douglas Alves da Silva foi preso no dia seguinte ao crime brutal, em São Paulo. Em depoimento à polícia, ele negou conhecer a vítima pessoalmente, contrariando a versão da família, que aponta que ambos tinham tido um relacionamento casual anteriormente.

Para a defesa da família de Tainara Souza Santos, a situação do motorista do carro muda completamente com a morte da jovem.

É outro cenário, juridicamente falando. Agora com a morte da Tainara, isso muda completamente. Nós vamos levar para o processo a certidão de óbito e o Ministério Público vai oferecer uma nova denúncia, porque agora ele responde pelo feminicídio duplamente qualificado, mas agora consumado. O que juridicamente faz muita diferença numa possível e numa provável condenação dele a título de quantidade de pena, isso muda muito”, explica o advogado Fábio Costa.

Já a defesa de Douglas Alves da Silva sustenta que ele é réu confesso quanto ao atropelamento, mas nega qualquer envolvimento com a vítima.

Veja a entrevista completa com a mãe de Tainara Souza Santos

https://youtube.com/watch?v=kG9AWV8NCo8%3Ffeature%3Doembed%26enablejsapi%3D1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *