Depois do calorão, ciclone intenso deve atingir o Paraná, alerta a meteorologia

Calor acima de 35°C toma conta do Paraná, mas ciclone pode trazer temporais a partir de segunda-feira (8)

Uma forte onda de calor deve marcar o fim de semana no Paraná, elevando significativamente as temperaturas em todas as regiões do estado. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os termômetros devem ultrapassar os 25°C em todo o território paranaense, com destaque para o Oeste e o Norte, onde as máximas podem passar dos 35°C. O cenário é típico de dias ensolarados, abafados e com grande sensação de desconforto térmico, principalmente durante as tardes.

Apesar do predomínio do sol nos próximos dias, a previsão do tempo indica uma virada importante nas condições climáticas a partir da próxima semana. Entre a segunda-feira (8) e a quarta-feira (10), um ciclone intenso deve atuar sobre a região Sul do Brasil, com potencial para provocar tempestades severas no Paraná. O Simepar alerta para a possibilidade de fortes rajadas de vento, chuva intensa e até queda de granizo em diferentes municípios.

Ao longo desses três dias de instabilidade, as áreas de tempestade devem avançar gradualmente de oeste para leste, acompanhando o deslocamento do sistema. Com isso, praticamente todas as regiões do estado podem ser atingidas em algum momento. A previsão é que o tempo continue instável pelo menos até o próximo fim de semana, com alternância entre períodos de chuva e aberturas de sol, mantendo o risco de novos temporais.

O que é um ciclone e como ele se forma

O contraste entre o calor intenso e a chegada de um sistema de baixa pressão cria as condições ideais para a formação de eventos climáticos severos. Segundo especialistas, esse tipo de cenário exige atenção redobrada da população, especialmente em áreas vulneráveis a alagamentos, quedas de árvores e destelhamentos.

Um ciclone é um fenômeno meteorológico caracterizado por uma grande área de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram em torno de um centro e favorecem a formação de nuvens carregadas, chuvas volumosas e ventos intensos. Em regiões costeiras, ele também pode provocar ressacas e alagamentos.

A formação ocorre, principalmente, quando o ar quente e úmido sobe sobre a superfície do oceano, gerando uma área de baixa pressão. Esse movimento faz com que mais ar seja puxado para a região, e a rotação da Terra faz com que os ventos passem a girar ao redor do centro do sistema.

Para que um ciclone se desenvolva, é necessário que o mar apresente temperaturas elevadas, que haja pouca variação dos ventos em diferentes altitudes e que o sistema esteja a uma distância adequada do Equador, onde a força de rotação é mais eficiente. À medida que o sistema ganha força, ele pode evoluir de uma simples área de instabilidade para um fenômeno capaz de causar grandes impactos, como enchentes, quedas de energia e destruição de estruturas.

A combinação entre calor extremo e a possível atuação de um ciclone reforça a importância de acompanhar os boletins meteorológicos nos próximos dias. Com o aumento do risco de temporais, autoridades recomendam atenção a alertas, evitar áreas abertas durante tempestades e redobrar os cuidados com estruturas frágeis e redes elétricas.


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