Foto Divulgação
Operação Tubarão Morto aponta que quadrilha usava o Paraguai como base para produção e envio ilegal de anabolizantes ao Brasil
Dois brasileiros foram presos em Ciudad del Este, no Paraguai, durante a deflagração da Operação Tubarão Morto, que teve como alvo uma organização criminosa especializada na fabricação e contrabando de anabolizantes ilegais. A ação foi coordenada por autoridades brasileiras, com apoio do Comando Tripartite — órgão de cooperação policial entre Brasil, Paraguai e Argentina.
Os detidos, apontados como líderes da quadrilha Red Shark, utilizavam laboratórios clandestinos em território paraguaio para produzir esteroides anabolizantes sem qualquer autorização sanitária. Os produtos eram então contrabandeados para o Brasil e comercializados como suplementos, de forma irregular e sem fiscalização.
Após a prisão, os brasileiros foram expulsos do Paraguai e entregues à Polícia Federal brasileira na cabeceira da Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR).
Segundo o superintendente Carlos Duré, do Departamento de Cooperação e Convênios Policiais Internacionais, a investigação está em andamento e deve avançar agora na localização e desarticulação dos laboratórios ilegais no Paraguai.
A Operação Tubarão Morto cumpriu, até o momento, 117 ordens judiciais: sendo 85 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão preventiva, em 21 estados brasileiros e no Paraguai. A suspeita é de que o grupo atuava há anos, vendendo os anabolizantes com marca própria, sem registro na Anvisa e colocando em risco a saúde dos consumidores.
