Prefeito de Fazenda Rio Grande deixa prisão com tornozeleira eletrônica

Marco Marcondes, do PSD, partido do governador Ratinho Jr. | Foto: reprodução/Instagram

Quinze dias após ser preso, o prefeito de Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Marco Antônio Marcondes Silva (PSD), deixou a prisão. Ele está em monitoramento eletrônico após ser acusado de desvio de dinheiro da saúde. A autorização do uso de tornozeleira foi dada pelo Tribunal de Justiça (TJPR).

A prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares determinadas pelo desembargador Kennedy Josué Greca de Mattos, que considerou as restrições suficientes para o andamento do processo.

Além da monitoração eletrônica, o prefeito deve responder ao recolhimento domiciliar noturno, à proibição de acesso à sede da Prefeitura e às empresas investigadas, à proibição de manter contato com os demais investigados e a proibição de deixar o país. Apesar da libertação, o prefeito e os demais envolvidos continuam afastados de suas funções públicas.

Investigações

O grupo é investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR), que apura um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo contratos firmados pela Secretaria de Saúde com empresas privadas.

O auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), Alberto Martins de Faria, é apontado pelo MPPR como líder do grupo, responsável pela coordenação do esquema e pela lavagem dos valores desviados por meio de empresas próprias. Também são investigados Samuel Antônio da Silva Nunes, sócio formal da AGP Saúde e responsável por dar aparência de legalidade aos contratos; Abrilino Fernandes Gomes, comentarista esportivo e intermediário entre a empresa e agentes públicos; Marco Antônio Marcondes Silva, prefeito, acusado de autorizar contratações e homologar processos em troca de vantagens financeiras; e Francisco Roberto Barbosa, ex-secretário de Saúde e atual secretário de Finanças, suspeito de promover o projeto e assinar documentos de contratação e aditamento de contratos com a AGP Saúde.

O advogado Rodrigo Sánchez Rios, que representa o prefeito Marcondes, afirmou que a decisão do Tribunal de Justiça atendeu às expectativas.

O caso segue sob investigação do Gaeco e do Ministério Público do Paraná, e os réus permanecem sob medidas cautelares até o julgamento final do processo.

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